quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Alunos Participantes

Rafael de Jesus Fontes RA: 5967429

Marcelo Antonietto Fernandes RA: 5966150

Philipe Baumhardt da Rosa RA: 5957879

Vinicius Ricci Gonçalves RA: 6001940

Carine Doce RA: 5947261

Introdução

Wicca é uma religião vinda do que  chamamos atualmente de novo paganismo"neopagã" e foi influenciada por crençãs pré-cristãs "antes de cristo" praticadas em sua maior parte na região da europa ocidental, a religião quando praticada segundo seus seguidores possui poderes sobrenaturais, um dos principais rituais da wicca é o festival sazonal.

 Para entender o festival sazonal precisamos primeiramente saber o que é a Roda do Ano, no tempos dos pagãos principalmente na era Celta o tempo que passava era marcado com calendários baseados no ciclo lunar "diferentes do nosso que é no ciclo solar", apenas 8 vezes em um ano no caléndario celta ocorre um posiscionamento da terra com o sol que chamamos de:Equinócios e Solstícios. Dessa tradição celta nasce o ritual que conhecemos como "sabbats", esses que servem para homenagear duas divindades, a Deusa Mãe que simboliza a mãe terra, e o Deus Cornífero que simboliza protetor dos animais e vida selvagem, em sua parte o Deus possui uma série de divindades como o Nordico Odin, o Gaélico Caerwiden ou o Celta Cernunnose que é símbolo da virilidade, e mesmo que por vezes seja confundida com Satanismo, os wiccanos não crêem em Lúcifer ou em Satã. Um bruxo nos dias de hoje sempre escolhe um deus cornífero que faz um casal chamado "Divino" junto a deusa mãe, ambos juntos representam todos os outros deuses das diversas crenças adotadas por quem pratica a religião Wicca, a partir disso podemos analisar o ditado da Wicca que diz  "Todas as deusas são uma Deusa e todos os deuses são um Deus".
Muitas pessoas dizem que a wicca é a religião natural mais antiga do mundo, isso se trata apenas de uma especulação ja que ninguem sabe ao certo a data de sua origem, muitos dizem que tal religão surgiu na inglaterra no inicio do sexulo XX,  porém a religião é divulgada de forma mais ampla apenas nos anos 50 por Gerald Gardner "bruxo e ocultista", na época Gerald chamava a religião de "culto as bruxas" e "bruxaria" e seus seguidores "a wica", em 1960 o nome foi alterado para "Wicca".

Podemos considerar a Wicca como um religião polietista, polietismo "do grego: Poli, muitos, Théos, deus: muitos deuses" onde a crença é baseada em mais do que uma divindade do gênero masculino, feminino ou indefinido. Cada divindade é considerada uma entidade individual e unica com vontades próprias que regem diversas atividades, areas, objetos, instituições, elementos naturais e mesmo relações humanas. Quanto as entidades ainda em relação às suas esferas de influência, pode ocorrer uma sobreposição de funções de várias divindades ao mesmo tempo porém o fato de o bruxo reconhecer a existência de múltiplos deuses e deusas não quer dizer que o mesmo vai adorar todas as entidades, o bruxo pode adorar no seu conjunto ou pode se concentrar apenas em um grupo de divindades de acordo com uma série fatores como os seus gostos, a experiência pessoal, tradição familiar, etc.

Rituais e Celebrações

A cena está se tornando cada vez mais comum: um grupo se reúne, geralmente em noites de luar, em meio a uma floresta ou em uma colina isolada. Às vezes trajando túnicas e máscaras, outras inteiramente nus, os participantes iniciam uma cerimônia com cantos e danças, um ritual que certamente pareceria esquisito e misterioso para um observador casual, embora seja um comportamento indiscutivelmente religioso. Assim os bruxos praticam sua fé.

Como os adeptos de religiões mais convencionais, os iniciados em feitiçaria, ou Wicca, usam rituais para vincular-se espiritualmente entre si e a suas divindades. Os ritos da Wicca diferem de uma seita para outra. Vários rituais da Comunidade do Espirito da Terra, uma vasta rede de feiticeiros e pagãos da região de Boston, nos Estados Unidos, estão representados nas próximas páginas. Algumas cerimônias são periódicas, marcando as fases da lua ou a mudança de estações. Outras, tais como a iniciação, casamentos ou pactos, só ocorrem quando há necessidade.

E há também aquelas cerimônias que, como a consagração do vinho com um athame, a faca ritualística, fazem parte de todos os encontros. Seja qual for seu propósito, a maioria dos rituais Wicca - especialmente quando celebrados nos locais eleitos eternamente pelos bruxos - evoca um estado de espírito onírico que atravessa os tempos, remontando a uma era mais romãntica.

Elevar o Cone do Poder

"A magia", diz o sumo sacerdote Arthen, "está se unindo às forças psíquicas para promover mudanças." Parte do treinamento de um feiticeiro, ele observa, é aprender a usar a energia psíquica e uma técnica primária com esse objetivo, um ritual praticado em quase todos os encontros é o de elevação do cone do poder. Como a maioria das atividades, isso acontece no centro de um circulo mágico. "Especialmente no caso deste ritual", diz Arthen, "o circulo mágico é visualizado não apenas como um circulo, mas como um domo, uma bolha de energia psiquica - uma maneira de conter o poder antes de começar a usá-Ia."

Ao tentar gerar energia para formar o cone do poder, os bruxos recorrem à dança, à meditação e aos cànticos. Para "moldar" o poder que afirmam produzir, reúnem-se em torno do circulo mágico, estiram os braços em direção à terra e gradualmente os levantam em direção a um ponto focal acima do centro do circulo. Quando o lider da assembléia sente que a energia atingiu seu ápice, ordena aos membros: "Enviem-na agora!" Então, todos visualizam aquela energia assumindo a forma de um cone que deixa o círculo e viaja até um destino previamente determinado.

O alvo do cone pode ser alguém doente ou outro membro do grupo que necessite de assistência em seu trabalho mágico. Mas seu destino também pode estar menos delimitado. Como a prática da feitiçaria está profundamente vinculada à natureza, o cone do poder pode ser enviado, diz Arthen, "para ajudar a superar as crises ambientais que atravessamos".

Capturar a Energia da Lua

Os praticantes da Wicca identificam a lua, eternamente mutante - crescente, cheia e minguante - , com sua grande deusa em suas diversas facetas: donzela, mãe e velha. E por isso que a cerimônia destinada a canalizar para a terra os poderes mágicos da lua está na essência do culto à deusa, sendo um rito chave na liturgia da Wicca.

Quando se encontram para um dos doze ou treze esbás do ano, que são as celebraçôes da lua cheia, os membros da Fraternidade de Athanor reúnem-se em um circulo mágico para direcionar suas energias psíquicas através de seu sumo sacerdote e para sua suma sacerdotisa. Acreditam que a concentração de energia ajudará a sacerdotisa a "atrair a lua para dentro de si" e transformar-se em uma corporificação da deusa. "Geralmente, a época da lua cheia é sempre repleta de muita tensão psiquica", explica Arthen, o sumo sacerdote.

Esse ritual tenta utilizar essa tensão. "Ele ajuda a sacerdotisa a entrar em um transe profundo, no qual terá visões ou dirá palavras que geralmente são relevantes para as pessoas da assembléia". As taças nas mãos da sacerdotisa contêm água, o elemento que simboliza a lua e é governado por ela. Os membros dizem que essa água se torna "psiquicamente energizada" com o poder que a trespassa. Cada feiticeiro deve beber um pouco dela ao término do ritual, na cerimônia que o sumo sacerdote Arthen chama de sacramento.

Muitos grupos realizam essa cerimônia de atrair a lua em outras fases, além da lua cheia. Tentam conectar o poder da lua crescente para promover o crescimento pessoal e começo de novas empreitadas e conectam com a minguante, ou lua negra, para selar os finais de coisas que devem ter um fim. A maioria dos grupos considera a cerimõnia como uma maneira de honrar a Grande Deusa, mas muitos abdicam dos rituais, resumindo-se simplesmente a deter-se por um momento quando a lua está cheia, para meditar sobre a divindade Wicca.

Celebração das Passagens da Vida

Como outros grupos religiosos, as comunidades Wicca celebram os momentos mais significativos na vida individual e familiar, inclusive nascimento, morte, casamento - que chamam de "unir as mãos" - e a escolha do nome das crianças, O Espirito da Terra é reconhecido como igreja pelo estado de Massachusetts, diz Arthen, e portanto seu ritual de "unir as mãos" pode configurar um matrimônio legal.

Muitas vezes o ritual não é usado para estabelecer um casamento legal, mas sim um vinculo reconhecido apenas pelos praticantes da Wicca, Se um casal que se uniu dessa forma decidir se separar, seu vinculo será desfeito através de outra cerimônia Wicca, conhecida como "desunião das mãos".

Fundamental para essa cerimônia é a bênção dada à união do casal e o ritual de atar suas mãos - o passo que corresponde ao nome do ritual e que há muito tempo produziu a famosa metáfora que se tornou sinônimo de casamento, "amarrar-se", a fita colorida que une o par é feita por eles, com três fios de fibra ou couro representando a noiva, o noivo e seu relacionamento.

Durante as semanas ou até meses que antecedem o casamento, o casal deve sentar-se regularmente talvez a cada lua nova - para trançar um pedaço dessa corda e conversar sobre o enlace de suas vidas através de amor, trabalho, amizade, sexo e filhos. Os filhos de feiticeiros são apresentados ao grupo durante um ritual de escolha de nome chamado "a bênção da criança", ou batismo.

Essa cerimônia inclui com freqüência o plantio de uma árvore, que pode ser fertilizada com a placenta ou com o cordão umbilical. Em uma cerimônia semelhante conhecida como batismo mágico, que geralmente ocorre antes da
iniciação, o aprendiz de feiticeiro declara os nomes pelos quais deseja ser conhecido dentro de seu grupo de magia.

Deus e Deusa Wicca

O Deus e Deusa são vistos como polaridades complementares no universo, existindo um equilíbrio entre um e outro, e desta forma têm sido comparados com o conceito de bem ou mal. Como tal, são muitas vezes interpretados como encarnações de uma força de vida manifesta na natureza, com alguns Wiccanos acreditando que eles são simplesmente símbolos dessas polaridades, enquanto outros acreditam que o Deus e a Deusa são seres verdadeiros que existem de forma independente. Às duas divindades são dadas frequentemente associações simbólicas, com a Deusa comumente sendo simbolizado como a Terra (Mãe Terra), mas também às vezes como a Lua, a qual complementa o Deus, visto como o Sol.


 Tradicionalmente, o Deus é visto como um Deus Cornífero, associado com a natureza selvagem, a sexualidade, a caça e o ciclo de vida. Ao Deus Cornífero é dado vários nomes de acordo com a tradição, e estas incluem O Deus é frequentemente descrito como um Deus Sol, em especial no festival de Litha, ou o solstício de verão. Outra representação de Deus é a do Rei Carvalho e o Rei Azevinho, aquele que governa a primavera e o verão, esse que governa o outono e o inverno.


A Deusa é geralmente retratada como uma Deusa tríplice, sendo assim uma divindade triádica composta de uma deusa virgem, uma deusa-mãe e uma deusa anciã, cada um dos quais tem associações diferentes, ou seja, a virgindade, a fertilidade e a sabedoria. O conceito de ter uma religião e venerar um Deus Cornífero acompanhado de uma Deusa tinha sido elaborado pela egiptóloga Margaret Murray durante a década de 1920. Ela acreditava que, com base em suas próprias teorias sobre os primeiros ensaios da bruxaria moderna na Europa, que essas duas divindades, mas principalmente o Deus Cornífero, tinha sido adorado por um culto bruxo, desde que a Europa Ocidental sucumbiu ao cristianismo. Embora amplamente desacreditada, Gerald Gardner foi um defensor de sua teoria, e acreditava que a Wicca foi uma continuação do histórico culto bruxo, e do Deus Cornífero e da Deusa, eram, portanto, antigas divindades das ilhas britânicas.

Perguntas da Aula

1- O que une o grupo social?

O grupo social dos wiccanos é unificado através de crenças, ideais em pro a natureza, o livre arbítrio e a evolução espiritual mutua.

2- O que o grupo oferece e o que os indivíduos buscam?
O grupo religioso dos wiccanos oferece o que todas as outras religiões costumam oferecer “busca do deus interior e a paz interior”

3- Quais os valores fundamentais? “crenças e idéias compartilhadas”
O livre arbítrio seria um valor fundamental compartilhado entre os seguidores, as crenças são compartilhadas entre os seus seguidores.

4- Quais os comportamentos característicos?
Um comportamento característico da religião seria o pacifismo por conta da maneira dos seus seguidores adorarem a natureza.

5- Como é construída a identidade coletiva?
Através das outras questões podemos entender como é desenvolvida a identidade coletiva.

Conclusão

Após realizar esse trabalho de campo, posso afirmar, com o conhecimento que possuo através de leituras, convivência e pesquisa sobre a Wicca, que a Wicca em si, é uma religião extremamente nova.

 A Wicca foi uma religião formada inspirada na antiga tradição celta, mas não é (como muitos erroneamente afirmam) a Antiga Religião praticada pelas bruxas e magos de antigamente que hoje em dia foi totalmente perdida. A Wicca basicamente é constituída com fragmentos de conhecimentos adquiridos em outras práticas religiosas mais antigas, adaptada de uma maneira mais atual, e com regras mais “liberais”, ceticamente falando, a Wicca é a religião que mais aceita o mundo espiritual, é uma religião nova, e como tudo que é novo acredita cegamente em tudo que pode surpreendê-la. Fadas e gnomos, a leitura de cartas que é algo dos conhecidos ciganos, rituais que envolvem sexo e bebida que existe também no candomblé, astrologia dos espiritistas, elementais das religiões pagãs. Só que o que a diferencia dessas outras religiões, ao meu ver através da pesquisa que estou fazendo agora, junto com a pesquisa que fiz ao longo dos anos de minha vida, é que a Wicca, de todas essas religiões, é a “politicamente correta” pois é totalmente contra o sacrifício de animais, e com um respeito gigante pela natureza. Sua lei principal, e única é “Faça o que quiser, desde que isso não prejudique ninguém”, analisando isso, é um pensamento belo, mas tolo, é impossível viver uma vida sem prejudicar alguém, ao pegar um taxi estamos prejudicando alguém que poderia pegar aquele taxi mais cedo, ao comprar uma bebida em uma balada estamos prejudicando aquela pessoa que queria beber o mesmo que você bebeu mais tarde só que já acabou, ao ganhar na mega sena estamos prejudicando um outro possível ganhador. Infantil sim, mas que instiga uma evolução caridosa em seus praticantes, que tentam viver uma vida prejudicando o menos que puder as outras pessoas, um tanto altruísta talvez."