quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Capturar a Energia da Lua

Os praticantes da Wicca identificam a lua, eternamente mutante - crescente, cheia e minguante - , com sua grande deusa em suas diversas facetas: donzela, mãe e velha. E por isso que a cerimônia destinada a canalizar para a terra os poderes mágicos da lua está na essência do culto à deusa, sendo um rito chave na liturgia da Wicca.

Quando se encontram para um dos doze ou treze esbás do ano, que são as celebraçôes da lua cheia, os membros da Fraternidade de Athanor reúnem-se em um circulo mágico para direcionar suas energias psíquicas através de seu sumo sacerdote e para sua suma sacerdotisa. Acreditam que a concentração de energia ajudará a sacerdotisa a "atrair a lua para dentro de si" e transformar-se em uma corporificação da deusa. "Geralmente, a época da lua cheia é sempre repleta de muita tensão psiquica", explica Arthen, o sumo sacerdote.

Esse ritual tenta utilizar essa tensão. "Ele ajuda a sacerdotisa a entrar em um transe profundo, no qual terá visões ou dirá palavras que geralmente são relevantes para as pessoas da assembléia". As taças nas mãos da sacerdotisa contêm água, o elemento que simboliza a lua e é governado por ela. Os membros dizem que essa água se torna "psiquicamente energizada" com o poder que a trespassa. Cada feiticeiro deve beber um pouco dela ao término do ritual, na cerimônia que o sumo sacerdote Arthen chama de sacramento.

Muitos grupos realizam essa cerimônia de atrair a lua em outras fases, além da lua cheia. Tentam conectar o poder da lua crescente para promover o crescimento pessoal e começo de novas empreitadas e conectam com a minguante, ou lua negra, para selar os finais de coisas que devem ter um fim. A maioria dos grupos considera a cerimõnia como uma maneira de honrar a Grande Deusa, mas muitos abdicam dos rituais, resumindo-se simplesmente a deter-se por um momento quando a lua está cheia, para meditar sobre a divindade Wicca.

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